3 de jan. de 2012


















O sofrimento existe
As almas gritam
Não dá pra descrever
Em lindas frases
De um poema doce
Escritas pra você
Já não existe amor
Minha vida está cheia
Dessa alma tão vazia
Olhos me vigiam
Não quero sofrer
Só, vou me despedir













Olhos fechados

Com a chegada da noite
A estrada se alonga
No ar o cheiro do mato
Olhos parados observam
Onde chegarei?
Os olhos não falam
Apenas observam
Murmuros no escuro
Não não vejo mais nada
Seria melhor ficar?
Não existe mais saída
Eu não quero parar
Um calafrio me toma
Enfim adormeço




















Marcas

Hoje vi o meu rosto
Triste, magro
Olhos fundos, vazios
Boca amarga
Mãos cançadas, calejadas
Coração que bate em vão
Aconteceu tão rápido
Eu não percebi
Tudo mudou
Onde foi que me perdi?
 














A busca

Alma descontente
Onde está o amor de Deus?
Alma comovida, ferida
Abandonada pelo mundo
Em busca de uma vida
Para ser absorvida
Uma vida simples, mortal
Com suas preocupações
Seus mistérios obscuros
Seus sofrimentos
Uma alma buscando vida
 













Fuga

– Fugir?
– Sim
– De onde?
– Daqui
– Prá lá?
– Talvez
– De tudo?
– Ou nada
– Mesmo?
– Sim, vá































O fim?

Não sabia de mais nada
Nem da própria vida
Tudo era confuso, cinza
Uma grande névoa
Queria ir embora dali
Embora pra onde?
Simplesmente embora
Talvez do mundo
Talvez da sua vida
Ir

27 de out. de 2009















Bandeira 2

Uma corrida rápida por ruas sinuosas e desertas.
Ruas estreitas passando entre prédios.
Me acompanhando, uma música quase inaudível.
A corrida termina. O taximetro para.
Do lado de fora, enormes condomínios, várias janelas.
Cortinas de notícias antigas.
Muitos olhos e nada pra ver.
_